Criança tímida: como a escola pode ajudar no seu desenvolvimento? Criança tímida: como a escola pode ajudar no seu desenvolvimento?

Criança tímida: como a escola pode ajudar no seu desenvolvimento?

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Que uma sala de aula é um repertório de personalidades todos sabemos, mas lidar com essas individualidades são o grande desafio dos profissionais da educação. É nesse contexto que podem surgir dificuldades ao trabalhar com crianças tímidas, que pouco, ou nada, interagem com seus colegas, e que muitas vezes deixam o educador embaraçado por não saber muito bem como tratar a questão da timidez.

Entender a situação da inibição infantil é chave para ajudar a criança a melhorar o seu desenvolvimento social e psicoemocional. Nesse aspecto, a família e a escola têm papel preponderante na preparação de um futuro adulto emocionalmente equilibrado. Então continue esta leitura para saber um pouco mais sobre o tema.

Diferenciando crianças tímidas das introvertidas

De modo geral, as pessoas tendem a confundir tímidos e introvertidos, mas essas são características diferentes. Por mais que as demonstrações exteriores sejam semelhantes, como a preferência de ficar sozinho ou deixar de ir a um evento social, as motivações para tais ações são diferentes.

Pessoas introvertidas, segundo a concepção de Myers-Briggs, que se fundamenta nas ideias de Carl Jung, obtêm energia do seu interior, por meio de pensamentos, reflexões e lembranças e, por isso, parecem um pouco deslocadas quando em convívio social. Esse aspecto comportamental está presente em todos nós, embora tal traço seja mais forte em alguns.

Introversão não é um problema, mas um atributo inerente aos seres humanos. Uma criança introvertida não tem problemas de se relacionar com outras pessoas, elas apenas preferem ficar a sós por questões de bem-estar. Além disso, quando em contato com outras crianças, podem se esgotar facilmente.

Já as crianças tímidas assumem uma atitude solitária por recearem o que os outros pensarão delas. Os tímidos são bastante exigentes com si próprios, preferindo o isolamento quando acreditam que não corresponderão às expectativas dos outros.

Infelizmente, a resposta que a sociedade dá a esse tipo de hábito ratifica a atitude de timidez. Familiares e indivíduos envolvidos no desenvolvimento da criança constantemente a rotulam por sua inibição, aumentando o seu bloqueio e prejudicando a evolução do seu comportamento em público.

Feita a diferenciação entre timidez e introversão, é hora de saber o que fazer para ajudar uma criança tímida. Afinal, é crucial que a escola seja a mediadora, junto à família, neste processo.

Práticas que podem ser adotadas pela escola

Quando a timidez é intensa e cria problemas no convívio com outros colegas e, até mesmo, com outras pessoas, é recomendado que a instituição, se possível com o apoio da família, adote algumas práticas que possibilitem um bom desenvolvimento infantil. Por exemplo:

  • não classificar a criança por sua inibição ou comparar com outros colegas, porque a criança pode entender que não possui boas qualidades, sustentando a ideia de ser incapaz, aumentando, por isso, sua insegurança e vergonha;
  • realizar atividades em grupo ajuda o infante no estabelecimento de laços com outros colegas de classe;
  • não expor o pequeno ao público sem avisá-lo previamente, pois isso aumentará o seu receio e, dependendo da situação, pode ser traumático;
  • elogiar, não de forma exagerada, os pequenos feitos, se mostra um bom estímulo à autoestima. No geral, geram-se autoconfiança e determinação para a realização de feitos maiores;
  • se for preciso, converse com os familiares sobre a possibilidade de procurar a ajuda de um profissional. Embora a timidez não seja uma doença, em alguns casos, se revela muito prejudicial à criança.

Convivendo com crianças tímidas

Conviver com crianças tímidas não deve ser um obstáculo para educadores, dever antes ser uma forma de aprendizado no convívio com outras pessoas. O caráter tímido de um pequeno não é algo para ser julgado ou condenado: deve ser entendido e aceito, porque uma criança compreendida é uma criança saudável.

Se você acha que pode ajudar outros pais e educadores com este texto, não deixe de compartilhá-lo nas redes sociais. O importante é motivar todos a compreender e trabalhar a inibição infantil.

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