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Em seu trabalho, o pintor mistura habilidade manual e instrumentos como pincéis, tintas e telas para transferir a uma superfície tudo aquilo que viu ou imaginou. Já um músico consegue expressar ideias e sentimentos por meio de sons, arranjados de uma forma que soa agradável aos ouvidos. Não há dúvida de que esses profissionais são artistas. Mas e o fotógrafo?
Há quem diga que capturar a realidade por meio de um processo mecânico não é uma forma de arte. No entanto, qualquer pessoa que já tenha se frustrado com uma foto cotidiana ruim sabe que o processo não é fácil assim.
Fotografar vai além de fazer o enquadramento e o clique. Tem a ver com o olhar e a sensibilidade do fotógrafo. Significa buscar o melhor ângulo, mexendo com os elementos presentes na cena, como a luz, a sombra e o movimento. Ou até provocar uma ilusão de ótica. Há uma série de variáveis que proporcionam detalhes únicos e influenciam o resultado final a ponto de gerar encantamento em quem vê a foto.
Claro que o fotógrafo precisa conhecer as funções, as qualidades e as limitações dos seus equipamentos. Por outro lado, ter uma câmera com as configurações acertadas por si só, não é garantia de boas fotos. Também não há uma receita única, que funcione para todos os casos. Mesmo com a evolução da tecnologia nas últimas décadas, a câmera não consegue fazer todo o trabalho sozinha.
No fim das contas, a discussão sobre considerar ou não a fotografia como uma expressão artística parece longe de terminar. Fato é que ela depende muito mais de inspiração e de senso estético apurado do que da operação técnica de uma máquina. E inspiração e senso estético são justamente o que move pintores, músicos, escritores, escultores etc.
Se você ainda tem dúvidas, confira esta galeria que o blog Insider montou comparando fotos amadoras e profissionais de 13 localidades ao redor do mundo. As diferenças são impressionantes!
